29 de fev. de 2012

Abraçando a imperfeição

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche na hora do jantar. Eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses. Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, lingüiça e torradas bastante queimadas. Lembro de ter esperado um pouco, para ver se meu pai reclamava. Tudo o que ele fez, foi pegar as suas torradas, sorrir para minha mãe e perguntar como tinha sido o meu dia na escola. Não lembro do que respondi, mas lembro de ter olhado para meu pai comendo cada pedaço das torradas queimadas, sem nada falar.
Quando deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado as torradas. Nunca esquecerei o que ele disse:
_ Meu amor, fica tranqüila, eu adoro torrada queimada.
Mais tarde, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:
_ Filho sua mãe teve hoje um dia de trabalho muito pesado e estava realmente muito cansada. Além disso, uma torrada queimada  não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas também não são perfeitas. O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo revelar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros. Essa é a minha oração para você, hoje.
Aprenda a levar as partes feias de sua vida colocando-as aos pés do Criador. Porque afinal, Ele é o único que poderá lhe dar um relacionamento no qual uma torrada queimada não seja um evento destruidor. De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer outro tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, e amigos.
Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio. Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração Dele; e você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.

“As pessoas sempre se esquecerão do que você lhe fez, ou do que lhes disse, mas nunca esquecerão do modo pelo qual você as acolheu e as valorizou”
(Autor desconhecido)

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